30/12/2010

Arquitectura Reciclada

Existem arquitectos que lutam por uma arquitectura verde e que ainda são capazes de nos mobilizar!
A arquitectura também pode ser reciclada!
Senão vejamos estas imagens de uma conferência a que assisti recentemente.




Os arquitectos da Utopia mostraram o Anfitiatro de arles na Idade Média e na actualidade com o projecto de recuperação e sua reciclagem em praça de touros.




O arquitecto Ricardo cruz mostrou também a cidade de Split enquanto palácio que foi reciclado em cidade.
Creio que de vez em quando é também importante que os arquitectos olhem o passado e aprendam com ele no sentido de criar uma arquitectura e cidade mais sustentáveis.
No mês passado tive a oportunidade de assistir a uma conferência promovida pelo espaço de arquitectura na Exponor, na cidade do Porto, na qual a Utopia - Arquitectos participou através do arquitecto Ricardo Cruz. Para além do interesse geral que os outros debates tiveram, este despertou-me especial interesse pois o tema da conferência do arquitecto era precisamente a reciclagem urbana.
Do ponto de vista do arquitecto a reciclagem é um processo comum na História da arquitectura, e apenas temos de aprender com ela. Mostrou a cidade de Split, o anfiteatro de Arles e outros exelentes exemplos! A forma e o material reciclam-se e surgem novas funções: Um anfiteatro pode ser cidade, praça de touros, etc...Um palácio pode ser uma cidade. Uma basílica pode ser uma igreja.. Algumas imagens da conferência ou mesmo o conteúdo desta podem ser solicitados neste endereço : Arquitectos da Utopia. É bom verificar que os mesmos princípios que se aplicam a uma embalagem podem ser aplicados a um edifício e que existem arquitectos a publicar trabalhos sobre isso.

Um bom ano para todos e que 2011 nos traga ainda mais arquitectos e arquitecturas recicladas!

30/11/2010

Arquitecto e poluição luminosa


O arquitecto deve denunciar e combater a poluição luminosa através de projectos de arquitectura e urbanismo mais sustentáveis!
A poluição luminosa é o resultado do desperdício de luz nocturna.
À noite, nos espaços iluminados, as estrelas não são perceptíveis.
Isso resulta da iluminação artificial, utilizada frequentemente de forma incorrecta e que gera uma nova forma de poluição: a poluição luminosa.
Em fortemente iluminados o céu fica coberto por uma enorme bola luminosa, que nos impede de ver nitidamente as estrelas.
Alguns animais vêm mesmo alterado o seu hatitat como consequência deste processo.
Cabe a cada arquitecto defender uma iluminação mais racional e a redução deste processo nefasto.
Pois na realidade, por detrás desses holofotes desnecessários, existe todo um universo para descobrir...

25/10/2010

Arquitecto e poupança energética




Acho que podemos falar ainda mais sobre soluções de poupança de energia. O arquitecto tem a função não só de desenvolver espaços de arquitectura sustentável moderna e inovadora mas também de aconselhar sobre a melhoria do desempenho de edificios e construções existentes. Como arquitecta verifico que as pessoas ainda desconhecem ferramentas simples como os temporizadores que permitem uma enorme poupança nos gastos de energia e são de baixo custo.
Assim podemos agendar o aquecimento para determinadas horas em que vamos utilizar, a lavagem de roupa e de loiça para o período nocturno, a iluminação nocturna desligar-se ao fim de determinados minutos, o termoacumulador ( cilindro) não trabalhar durante as horas em que não necessitamos de água quente, etc...
No fundo, os arquitectos em geral e cada arquitecto em particular tem a obrigação de divulgar estes aparelhos milagrosos que muito podem fazer pela arquitectura sustentável e pelo nosso ambiente. Ficam aqui os exemplos, mas é bom que todos saibam que existem muitas marcas e que todas elas têm pequenas vantagens e desvantagems. Mas haverá algo melhor para a arquitectura sustentável e para o ambiente que poder reduzir a nossa factura de electricidade em cerca de 30% ?

18/09/2010

Arquitecto sustentável e o Mundo Digital


Infelizmente por cada click que fazemos, neste ou em qualquer outro site, há, para além do gasto de energia do nosso computador, um datacenter algures a processar a nossa informação e a consequentemente consumir energia.

Como podemos então defender a arquitectura sustentável no mundo digital?

Recentemente reparei que existia algum desconhecimento relativamente ao impacto do mundo digital no ambiente mesmo no seio de arquitectos.
Primeiro convém salientar vários aspectos:
  1. O arquitecto que usa o computador poupa papel e ao poupar papel pupa a floresta e o ambiente.
  2. Os arquitectos ou os gabinetes de arquitectura que usam indiscriminadamente o computador e os recursos a eles associados não podem de maneira nenhuma defender um mundo sustentável.
O primeiro aspecto parece claro. Poupar papel ou poupar a impressão é altamente vantajoso para o ambiente. Mas quanto ao segundo acho que devemos perder mais tempo e analisar as consequências negativas:
  • Renovar o hardware dos ateliers com fontes de alimentação mais potentes é gastar mais energia e consequentemente mau. Renovar o hardware com fontes mais eficientes, talvez possa ser uma escolha bastante melhor.
  • Renovar o hardware por razões de software é péssimo. Os computadores com 7 ou 8 anos conseguem executar perfeitamente as tarefas de hoje nos gabinetes de arquitectura desde que devidamente configurados. (Vejam o meu post sobre linux) O hardware é altamente poluente durante a produção, evitar o seu consumo é proteger o ambiente.
  • Utlizar software que evite o uso de servidor é sem dúvida melhor para o ambiente. Neste acto podemos incluir o uso de sites estáticos, ao invés de sites dinâmicos, e executar os progragas no disco local ao invés de sobrecarregar o servidor. O gasto de energia e o volume de CO2 libertado é consequentemente menor
Bom, se tiverem questões podem escrever-me as vossas súvidas para o gabinete de arquitectos onde trabalho habitualmente, pois terei o maior prazer em as esclarecer.
Até lá continuem a defender o ambiente e uma nova arquitectura sustentável!

10/08/2010

O arquitecto e a escolha das árvores


O amieiro no Inverno não apresenta folhas.



O amieiro no Verão está com uma copa recheada de folhas produzindo uma importante zona de sombra

Um aspecto que é muitas vezes desprezado ou ignorado pelos arquitectos é a escolha das espécies que se vão colocar nos espaços exteriores da casa ou edifício.
Assim, para além dos critérios importantes que devemos ter no que diz respeito à escolha de árvores autóctones, isto é, árvores cuja adaptação está salvaguardada, devemos também pensar que a árvore pode ser um importante elemento que absorve a radiação solar e impede que a casa ou edifício aqueça em demasia no verão e possa arrefecer em excesso no inverno.
Mas como pode o arquitecto usar as árvores para aquecer a casa no inverno e arrefecê-la no Verão?
Simples, muito simples mesmo. Mais simples, mais barato e mais ecológico do que usar qualquer tipo de climatização. A resposta está nas Árvores Caducifólicas. As árvores caducifólicas são árvores que têm a particularidade de possuir folhas caducas. Ao contrário das árvores de folha perene, as caducifólicas perdem as folhas no Inverno e voltam a ganha-las no Verão.
Assim, se as colocarmos à frente das nossas janelas, temos a possibilidade de receber a radiação solar que nos aquece a casa no Inverno e, uma vez que as folhas estão presentes no Verão podemos arrefecer a casa com a deliciosa sombra que estas produzem no Verão. Se acrescentarmos a libertação de vapor conseguimos também uma maior inércia térmica, isto é uma menor variação de temperatura nas fachadas da casa.
O arquitecto tem assim a obrigação e a facilidade em propor soluções de baixo custo económico e ambiental aos seus clientes.
Não faltam arvores caducifólicas em todo o mundo: Portugal, Angola, Brazil, Moçambique, Cabo Verde,etc... É só olhar com cuidado e escolher espécies já adaptadas. Eu mostro aqui um exemplo: o caso do amieiro porque é uma árvore extraordinária e ambundante em Portugal. Mas há mais, muitas mais!

11/07/2010

Arquitectos fazem mais do que projectos de arquitectura!

Creio que é importante falar do papel dos arquitectos no desenvolvimento de uma arquitectura sustentável não só ao nível da elaboração de projectos de arquitectura.
Por isso digo a qualquer arquitecto com quem tenho o prazer de trabalhar no nosso gabinete de arquitectos:
NÃO É SÓ COM PROJECTOS QUE OS ARQUITECTOS LUTAM PELA ARQUITECTURA SUSTENTÁVEL!
Senão vejamos:
O que custa aconselhar as protecções exteriores, os métodos de poupança de água e energia eléctrica em habitações já construídas?
O que não significa apelarmos a todos os nossos amigos e familiares sobre a facilidade de incorporar métodos de poupança ambiental nas suas casas e assim transformar cada casa numa casa mais ecológica?
Quantos de nós arquitectos não temos acesso a meios de comunicação social e podemos daí apelar a uma arquitectura sustentável?
O quanto não significa demonstrarmos com o nosso exemplo que evitamos o elevador, o carro, os produtos não recicláveis, o gasto excessivo de energia, de água, de recursos ambientais?
Com o exemplo conseguimos criar um exército de activistas que geram uma consciência global!
Deste modo, juntos, somos muitos!
E já agora boas férias a todos !

08/06/2010

Casa ecológica - os arquitectos e o pátio saguão


Pátio saguão do arquitecto Gaudi - Barcelona - Edifício La Pedrera
Desde algum tempo que assisto à degradação daquilo que considero ser um instrumento fundamental para a eficiência energética da casa ecológica: o pátio saguão.

O patio saguão é no fundo um pátio só que extremamente estreito e alto. Esta forma viajou no tempo e acompanhou as construçãoes dos países do sul da Europa desde que existem construções.
tem a particularidade de ser extremamente útil para os arquitectos e para o desenvolvimento de uma casa ecológica.
Uma vez que contem preticamente sodo o seu interior em sombra, o saguão permite funcionar não só como ventilação dos espaços de um edifício, mas como canal que abasteçe toda a construção com ar frio arrefecido pela sombra. Os arquitectos podem assim abandonar a climatização para arrefecimento e ter casas ecológicas com arrefecimento natural.
Mas porque desapareceu?
Na realidade desapareceu porque a partir do pós-guerra os arquitectos e os delegados de saúde pensavam que o problema da pobreza se resolvia com edifícios sem saguão e consideravam que estes espaços eram sujos porque os viam sempre nos edifícios pobres dos centros das cidades.
Infelizmente a pobreza não desapareceu e a verdade é que fizeram-se edifícios sem saguão porque os regulamentos deixaram de o permitir. O resultado é desastroso com o emprego absurdo de ares condicionados onde antes um saguão bastaria para arrefecer um edifício.
Hoje, nós arquitectos, para o utilizarmos temos que ter janelas para outras frentes, no entanto o custo de realizar pátios interiores em saguão é bastante mais baixo que o gasto em climatização.
Ao mesmo tempo, as caixas de escadas dos nossos prédios podem ter a mesma função desde que bem ventiladas na parte superior e forneçam o ar aos apartamentos em caudal suficiente.
Numa altura em que só ouço falar de tecnologia para resolver problemas ecológicos é bom lembrar que existem alternativas bem mais ecológicas ao consumo de equipamentos, mesmo que estes tenham gastos mais baixos que anteriormente.
Convém assim que os arquitectos e os cidadão em geral compreendam que o passado nos dá grandes lições de sustentabilidade.
Porque a arquitectura sustentável, no fundo, pode estar bem em frente do nosso nariz...

12/05/2010

O arquitecto e o ruído na casa

Temos falado de muitas questões relacionadas com o arquitecto e com a arquitectura sustentável.
Todavia, não temos abordado muito a questão da qualidade do ar interior, do isolamento acústico e da poluição sonora.
São inúmeros os casos de apartamentos com ruído vindo dos vizinhos ou das estradas circundantes às edificações.
Na realidade este deve ser encarado pelo arquitecto como um problema de sustentabilidade ecológica da sua própria arquitectura. O ser humano percisa de um ambiente no qual o ruído não deve ser prejudicial à sua actividade sob pena de desconforto, perturbações do sono e da concentração no trabalho ou mesmo lesões auditivas.
Temos primeiro de distinguir de uma forma sucinta dois tipos de ruído exterior:
- ruídos aéreos exteriores
- ruídos de percursão exteriores.
Os ruídos áereos podem ser combatidos através de caixilharia eficiente uma membrana na fachada, tecto e pavimento.
Os ruídos de percursão resultam das vibrações provocadas nos acabamentos ou estrutura. Ora teremos de os soltar e separar por uma caixa de ar de modo a que as vibrações não sejam transmitidas para o exterior.

Por vezes o arquitecto depara-se com a produção de ruído excessivo no próprio espaço interior ( cafés, escritórios, restaurantes, átrios, etc...) Nesse caso o arquitecto deverá optar por materiais de elevada absorção como a alcatifa, algumas madeiras e tectos falsos com absorção acústica.

No meu gabinete de arquitectura temos verificado que os clientes estão cada vez mais sensibilizados para esta questão e somos solicitados frequentemente para incorporar estas soluções no projecto de arquitectura. Esta não poderia deixar de ser uma notícia que mostra que a arquitectura sustentável está no bom caminho.

25/04/2010

Projectos de casas ecológicas - arquitectos e mitos

Na minha vida profissional no gabinete de arquitectos da Utopia tenho verificado que alguns clientes, constructores e até profissionais têm transmitido um conjunto de mitos que não só não correspondem à verdade como prejudicam o desenvolvimento de uma arquitectura sustentável e de maior oferta por parte dos arquitectos de projectos de casas ecológicas.

Alguns desses mitos são:

- "uma casa cheia de envidraçados é sustentável" - depende se estão protegidos da radiação solar pelo exterior

- "a domótica é sustentável" - só se reduzir o consumo de energia senão é precisamente o contrário

- "os paineis solares são sustentáveis" - depende, são poluentes na produção e só devem ser aplicados no sentido de baixar o consumo e não simplesmente aumentar a produção de energia

- "fazer um poço é ecológico" - se servir para consumir mais água é também negativo

- "a arquitectura tradicional é que é sustentável" só se se tratar de recuperar edifícios


Infelizmente, muitos mais haveria para relatar. Cabe assim a cada arquitecto com consciência ecológica denunciar os mitos e defender os projectos de casas ecológicas que têm uma arquitectura sustentável na realidade.

01/04/2010

Arquitecto paisagista e os espaços verdes


Lar de Idosos Arquitecto da Utopia - arquitectura e Engenharia lda

Quer para o arquitecto paisagista, quer para o arquitecto os espaços verdes são algo de fundamental num projecto de arquitectura paisagista ou projecto de arquitectura.Contudo é preciso não esquecer que não chega ser verde, é preciso que esse espaço seja sustentável, isto é, a sua manutenção não acarrete custos adicionais.Assim, para o arquitecto algumas regras são fundamentais para incorporar nos jardins:

- Plantar especies indígenas
. aumenta a diversidade biológica
. reduz custos de manutenção com menor gasto de energia
. reduz a erosão do solo
. preserva a memória genética do local com maior resistência às intempéries
. melhora a qualidade da água dado o equilíbrio que estas espécies têm em todo o ecossistema
. revela-se desnecessária a aplicação de herbicidas ou pesticidas dada a adaptabilidade elevada das espécies
- Colocar àrvores e arbustos e não só a tradicional relva
. são barreiras ao vento e protegem a qualidade do solo
. reduzem temperaturas no verão e aumentam a temperatura no inverno
- O solo deve ser sempre revestido
. reduz a desertificação

01/03/2010

A formação ecológica do Arquitecto




Hotel desenhado de modo sustentável para Moçambique em que o arquitecto faz parte de uma equipa pluridisclinar de engenharia em debate constante

Temos falado pouco sobre o arquitecto, o engenheiro e a formação de ambos no domínio da sustentabilidade.
Infelizmente a ecologia é abordada de modo muito rápido nos programas dos cursos de arquitectura.
O resultado é simples: quando um arquitecto recém-formado se depara com um projecto de arquitectura não tem os instrumentos necessários para io fazer convenientemente. E não o tem não por culpa própria, mas sim por culpa de quem tinha responsabilidade de o fazer.
Assim, o arquitecto terá ir solicitar apoio a outros profissionais. E então vira-se para o engenheiro civil na procura de apoio. O problema surge ainda mais grave quando se depara que o mesmo sucede com o engenheiro.
Mas perguntará o leitor: E os cursos de formação para o RCCTE e outros que tais?

Na realidade os cursos de térmica são mais um conjunto de formalidades que visam certificar energeticamente o edifício quer ele esteja construído, quer seja um projecto. E a eficiência energética, como se tem visto neste blog é apenas um dos muitos factores de sustentabilidade para o arquitecto ou engenheiro.

Mas então como inverter este estado de coisas? Como pode o arquitecto e o engenheiro aumentar as usas capacidades ou competências no âmbito da ecologia e da arquitectura bioclimática?

É simples: divulgação e debate. O arquitecto e o engenheiro devem sujeitar-se ao debete dos seus projectos, explicando o que os motivou e sujeitando-se à crítica. As equipas devem ser pluridisciplinares, pois não existe uma solução única. Na ciência como na arquitectura, nada é garantido. E o que hoje é bom amanhã pode simplesmente não chegar a válido. E isso só se consegue com interacção.
Na minha actividade é isso que procuramos fazer. Cada arquitecto trabalha em cooperação cada engenheiro confrontando perspectivas na busca da solução melhor para aquele dado momento.
No meu entender esta deve ser a atitude do arquitecto e do engenheiro perante a arquitectura a engenharia e a sua formação de projecto.

09/02/2010

O arquitecto, o Lar de idosos e o Infantário


Lar de idosos dos arquitectos da utopia

Infantário dos arquitectos da utopia

Creio que é importante começarmos a discutir, não só questões técnicas ligadas à arquitectura sustentável, mas também questões ao nivel de programa, isto é, ao destino ou função a que damos os edifícios.
Desde muito que tenho lutado por novos programas sociais que possam rentabilizar recursos humanos e criar uma sociedade mais coesa e amiga do ambiente. Nesse sentido vou falar-vos de algo pelo qual tenho lutado junto das entidades sociais e promotores: a criação de programas conjuntos de lar de idosose infantário. Os idosos requerem recursos humanos como animadores sociais ou psicólogos devido à sua baixa actividade social. Se encararmos os benefícios que recreios comuns entre crianças e idosos poderiam criar veremos que um programa deste tipo poderia sem dúvida rentabilizar recursos e gerar lares de idosos com uma população mais activa fisicamente e psicologicamente, ao mesmo tempo que potenciava o desenvolvimento das crianças sustentado pela memória do passado.
Tal obviamente não significaria qu partes do lar de idosos e do infantário não tivessem um funcionamento completamente autónomo.
Continuo a lutar por esta ideia pois acredito que é possível encontrar um pormotor disponível para fundir o infantário e o lar de idosos num edifício inovador e criativo.

04/01/2010

O arquitecto e o eco-hotel ou eco-turismo


Eco-hotel desenvolvido pelos arquitectos da Utopia

Tenho recebido alguns mails na utopia com dúvidas relativamente ao programa de um eco hotel e às necessidades que este deve acomodar.
Deste modo, aqui vão alguns esclarecimentos sobre como os arquitectos devem abordar a questão.
DEFINIÇÃO
Eco hotel é um termo usado para descrever um hotel ou alojamento desenhado por um arquitecto que fez importantes melhorias ambientais na sua construção e funcionamento de modo a minimizar o impacto no ambiente. A definição básica é assim a de um hotel que serve as boas práticas ecológicas. Tem obviamente que ser certificado por uma entidade independente de eco-turismo. No caso de Portugal, temos que nos reger pelo rótulo europeu.
Tradicionalmente estes hotéis são construídos segundo os métodos de construção tradicionais aplicados por mão-de-obra e matéria prima local mas com um projecto de arquitectura e especialidades desenvolvido por um arquitecto e engenheiro com fortes preocupações ambientais. No entanto, ultimamente o eco-turismo está a estender-se até às cidades com os hotéis a adoptarem melhores práticas ambientais, podendo um arquitecto desenhar estes hotéis mesmo em ambientes urbanos.
CRITÉRIOS PARA UM ECO HOTEL OU ECO TURISMO
No entanto um eco hotel de um arquitecto deve seguir os seguintes critérios:
-dependência em relação ao ambiente rural
-sustentabilidade ecológica
-comprovada contribuição para a conservação da natureza
-fornecer actividades que promovam a natureza
-apoiar actividades culturais amigas do ambiente
-retorno económico para comunidades apoiadas na natureza
CARACTERÍSTICAS DO ECO HOTEL
- não usar detergentes mas sim desengordurantes naturais de fabrico próprio
- têxteis de 100 %algodão
- não fumadores
-fontes de energia renováveis
-produtos em unidades comuns para redução do desperdício
-iluminação eficiente
-utilização de energias renováveis para auto suficiência
-veículos de transporte verde próprios
-ventilação natural
-eficiência energética a+
-reciclagem de águas dos banhos
-construção sustentável
-certificação da eco-label do projecto de arquitectura e do funcionamento do hotel cumprindo as indicações da Unesco para o eco turismo.

Espero que assim mais arquitectos e clientes particulares se interessem pela arquitectura do eco turismo em geral e dos eco hotéis em particular.