01/03/2010

A formação ecológica do Arquitecto




Hotel desenhado de modo sustentável para Moçambique em que o arquitecto faz parte de uma equipa pluridisclinar de engenharia em debate constante

Temos falado pouco sobre o arquitecto, o engenheiro e a formação de ambos no domínio da sustentabilidade.
Infelizmente a ecologia é abordada de modo muito rápido nos programas dos cursos de arquitectura.
O resultado é simples: quando um arquitecto recém-formado se depara com um projecto de arquitectura não tem os instrumentos necessários para io fazer convenientemente. E não o tem não por culpa própria, mas sim por culpa de quem tinha responsabilidade de o fazer.
Assim, o arquitecto terá ir solicitar apoio a outros profissionais. E então vira-se para o engenheiro civil na procura de apoio. O problema surge ainda mais grave quando se depara que o mesmo sucede com o engenheiro.
Mas perguntará o leitor: E os cursos de formação para o RCCTE e outros que tais?

Na realidade os cursos de térmica são mais um conjunto de formalidades que visam certificar energeticamente o edifício quer ele esteja construído, quer seja um projecto. E a eficiência energética, como se tem visto neste blog é apenas um dos muitos factores de sustentabilidade para o arquitecto ou engenheiro.

Mas então como inverter este estado de coisas? Como pode o arquitecto e o engenheiro aumentar as usas capacidades ou competências no âmbito da ecologia e da arquitectura bioclimática?

É simples: divulgação e debate. O arquitecto e o engenheiro devem sujeitar-se ao debete dos seus projectos, explicando o que os motivou e sujeitando-se à crítica. As equipas devem ser pluridisciplinares, pois não existe uma solução única. Na ciência como na arquitectura, nada é garantido. E o que hoje é bom amanhã pode simplesmente não chegar a válido. E isso só se consegue com interacção.
Na minha actividade é isso que procuramos fazer. Cada arquitecto trabalha em cooperação cada engenheiro confrontando perspectivas na busca da solução melhor para aquele dado momento.
No meu entender esta deve ser a atitude do arquitecto e do engenheiro perante a arquitectura a engenharia e a sua formação de projecto.