22/12/2008

Projecto de arquitectura sustentável e o mobiliário sustentável






A arquitectura sustentável não termina nas paredes do projecto. Um arquitecto sensível às questões ambientais pode e deve propor a utilização de mobiliário ecológico a partir da reciclagem de mobília existente. Tal permite um novo recurso estético que é sem dúvida rico ainda pouco explorado por arquitectos e designers.
Assim, podemos com imaginação e trabalho mobilar a nossa casa com restos de materiais ou inclusivé peças de mobiliário reaproveitadas.
Os arquitectos da Utopia ou Piet Eek são exemplos desta atitude.
A arquitectura e o design passa a estar ao serviço do ambiente e o arquitecto ou designer um agente desta luta.

16/12/2008

Os materiais do projecto de arquitectura sustentável

Creio que é importante começar a falar de materiais que possam ser reciclados e incorporados numa construção sustentável:

-cortiça
-vidro
-pedra
-alumínio
-ferro
-madeira

Destes nem todos possuem um custo ambiental de produção baixo, contudo possuem a vantagem de serem reciclados facilmente.
Nós arquitectos, devemos ter isso em atenção na hora de elaborar um projecto de arquitectura.
Assim materiais não facilmente recicláveis ou até não degradáveis devem ser preteridos. Nos nossos projectos deveremos evitar o uso de:

- colas com resinas
- polímeros
- betuminosos

Estes últimos provocam graves danos ambientais na sua produção e não são biodegradáveis.

01/12/2008

Projecto de Arquitectura Sustentável e Domótica

Creio que é importante começar a debater o tema da domótica nas habitações e o seu papel na sustentabilidade sem preconceitos.
Deste modo, vejo muita confusão recentemente.
A domótica é por definição a utilização de hardware e software que controla de modo centralizado o maior número de equipamentos que uma casa possui.
Isto é, a partir de um processador eu consigo ligar e desligar manualmente ou de modo programado os equipamentos que aquecem ou arrefecem a casa ou electrodomésticos que necessito.
Pois bem, em si mesmo, a domótica não é ecológica. Ela é ou não amiga do ambiente dependendo do modo em como eu a utilizo.

Assim, se eu utilizar este sistema para:
-baixar os consumos de electricidade fazendo funcionar os equipamentos na altura em que a rede eléctrica está com menor utilização
-fazer funcionar as protecções contra a radiação solar para não ter gastos de arrefecimento exagerados
-desligar automaticamente equipamentos ou iluminação quando não estão a ser utilizados
-etc...
...Então eu estou a utilizar um sistema verdadeiramente ecológico.

Mas se eu utilizar a domótica para:
-carregar num botão e fazer subir um estore
-accionar equipamentos por controlo remoto
-substituir sistematicamente o hardware para actualizar o software pesado
-não ter trabalho a accionar a iluminação
-...etc
...então estarei a utilizar um sistema que consome mais recursos e destrói equipamentos manuais que consomem 0% de energia.

É importante não esquecermos dois exemplos passados:

1
O caso do hardware e o modo como os fabricantes de software nos impôem hardware cada vez mais sofisticado sem necessidade nenhuma. Um pentium IV com windows vista faz exactamente o mesmo que um pentium II com uma distribuição de linux.
2
O caso das celulas fotoelectricas que accionam a iluminação pública e que nem sempre o fazem do modo mais rigoroso, fazendo-nos gastar milhares de euros em recursos de modo desnecessário.

Assim, se queremos utilizar a domótica convém sempre analisar o software para verificarmos se o sistema é verdadeiramente amigo do ambiente ou se não passa de pura publicidade enganosa.




O desperdício de energia pela má programação da iluminação pública é um exemplo a não seguir na domótica.


A utilização de linux na domótica é essencial para reduzir a necessidade de actualizar o hardware