Mostrar mensagens com a etiqueta Urbanismo Ecológico. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Urbanismo Ecológico. Mostrar todas as mensagens

22/09/2015

Desenhar Ciclovias para a cidade

As minhas obrigações profissionais não me têm permitido acompanhar o blogue com o carinho que desejava. Contudo encontrei um espaço de tempo para escrever um pouco sobre um tema que considero fundamental: a necessidade de desenhar ciclovias nas nossas cidades.
Aumentaram os ciclistas
Vivo no Porto e vejo com enorme alegria que todos os dias aumentam os utilizadores de bicicletas. Isso é maravilhoso pois só assim se justificarão as ciclovias.
Código da estrada revisto
Por outro lado, o código de estrada foi revisto recentemente e introduziu alguma protecção aos ciclistas, nomeadamente no que diz respeito às ultrapassagens. Durante uma ultrapassagem o ciclista tem agora direito a um espaço de segurança de praticamente meia faixa de rodagem.
Mas temo que isto nos faça esmorecer a esperança de ciclovias pois parece que tudo ficou resolvido.
O problema continua
Na realidade continuamos com a carência de ciclovias pois os ciclistas nos passeios podem de facto atropelar pessoas de mobilidade reduzida e os estacionamentos em segunda fila continuam a ser uma praga e uma fonte de perigosos acidentes.
Um apelo
Pois deixo aqui um apelo a todos. Continuem a exigir ciclovias. A maior parte das ruas estão com as faixas mal dimensionadas, o que significa que estamos a discutir um investimento de uma simples pintura para desenhar uma ciclovia nos arruamentos das nossas cidades.
Em baixo podem ver um projeto dos arquitectos da Utopia apresentado à Câmara Municipal do Porto sem custos para esta e que infelizmente ficou adiado. No fundo os arquitectos desenharam ciclovias para o Porto apenas com pinturas nas ruas. Assim, o meu objectivo manter-se-á de pé:
- Mais ciclovias para todos!

Arquitectos da Utopia desenham ciclovias

As futuras ciclovias do Porto apenas com pinturas

30/09/2012

Reabilitação dos Jardins suspensos

Creio ser altura de começarmos a falar novamente sobre o que podemos fazer sem construção para tornarmos a arquitectura mais amiga do ambiente.
Chamo particular atenção hoje para o papel das varandas enquanto jardins suspensos na criação de um microclima aumentanto a humidade relativa na zona da fachada, o sombreamento, a redução da amplitude térmica e o consumo de dióxido de carbono.
No fundo é uma solução que viaja desde a antiguidade e que deve ser reabilitada e reinterpretada nos nossos dias de hoje.
Este processo pode decorrer paralelamente nos edifícios antigos e nas novas construções. Se todos nós cultivarmos um vaso que seja numa varanda oou peitoril, a redução de co2 seria absolutamente extraordinária.

Aqui fica um simples exemplo, extremamente pequeno, mas que se generalizado teria enorme impacto nas nossas cidades.

Porto - Edifício por reabilitar com varandas verdes














Em baixo um projecto de arquitectura que realizamos para Angola em que os jardins suspensos nas varandas têm um papel fundamental na arquitectura sustentável do edifício.
Angola - Edifício moderno - Jardins suspensos nas varandas
















Se todos contribuirmos. o planeta e a cidade tornam-se sem dúvida um lugar melhor para viver.

14/02/2009

A arquitectura e os projectos de protecção das árvores na cidade


Jardim da Cordoaria, Porto

Jardim de S. Lázaro, Porto

Finalmente uma boa notícia para os arquitectos que defendem uma maior integração da Natureza e da Arquitectura:
Segundo o portal do cidadão:
"A Direcção-Geral dos Recursos Florestais (DGRF) pode classificar como de interesse público as árvores que pelo seu porte, estrutura, idade, raridade ou que por motivos históricos ou culturais se distingam de outros exemplares. Podem ser classificadas árvores isoladas, maciços, bosquetes e alamedas. A classificação “de interesse público” atribui ao arvoredo um estatuto de protecção idêntico ao do património edificado classificado. As árvores classificadas de interesse público beneficiam de uma zona de protecção de 50 metros em redor da sua base, sendo condicionada a parecer da DGRF qualquer intervenção nesta área que implique alteração do solo. Qualquer intervenção nas árvores em si, carece de igual modo de prévia autorização daquela entidade.
As árvores classificadas de interesse público constituem um património de elevadíssimo valor ecológico, paisagístico, cultural e histórico.

Qualquer cidadão pode requerer!
O pedido pode ser apresentado ou remetido por correio para a Direcção-Geral dos Recursos Florestais.
Posso requerer em qualquer altura!
Para requerer só é preciso identificar a localização da árvore isolada ou do arvoredo, preferencialmente em carta militar ou planta de escala adequada. Se possível, juntar fotografia do exemplar ou do arvoredo e, quando aplicável e for do conhecimento do requerente, identificar o respectivo proprietário.
Não há custos associados.
Em 30 dias é obrigatória resposta.

Os efeitos já se começam a sentir e há no Porto já bastantes árvores classificadas através do em Diário da República (II série, n.º 6, 10/I/2005).
Árvores no Jardim de S. Lázaro, Avenida de Montevideu, Campo Alegre, Cordoaria, Virtudes, etc, já foram classificadas.
Na Utopia já começamos a trabalhar.
Por isso, arquitectos, urbanistas, arquitectos paisagistas, biólogos, amantes da natureza e da arquitectura sustentável, vamos a isso. Cada arquitecto ou particular pode ajudar a defender a natureza e a arquitectura das nossas cidades!

02/01/2009

O arquitecto e a cidade sustentável


Corredor bus
Aproximam-se as eleições autárquicas e o papel dos arquitectos nos programas eleitorais a apresentar pelos candidatos é essencial. Sabemos que algumas câmaras como Lisboa ou Porto têm como debate centra a qualidade do espaço público e problemas relacionados com o urbanismo, transportes e planeamento urbano.


Assim sendo, lanço daqui um repto a cada arquitecto para que, na medida do possível defenda soluções amigas do ambiente e de fácil viabilidade económica, não só nos projectos como na acção política. Deste modo, cada arquitecto deve sustentar a arborização máxima do espaço público, a multiplicação dos corredores BUS, a criação do maior número possível de áreas pedonais, ciclovias, a criação de áreas multi-funcionais, enfim, tudo medidas de fácil execução mas que requerem alguma coragem política. Ora essa coragem política torna-se mais fácil quando os técnicos estão do lado dessas medidas.


Que seja então um bom ano para todos, cidadãos, arquitectos e especialmente para a arquitectura sustentável das nossas cidades!