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29/06/2012

Arquitectos e o arrefecimento evaporativo

Creio ser muito importante falar de um processo de arrefecimento absolutamente natural e ancestral sem qualquer custo energético e que deveríamos por em cima da mesa dos arquitectos pois foi algo abandonado. Trata-se do Arrefecimento evaporativo. Seé verdade que existem alguns exemplos com bombas de água istaladas em aparelhos modernos com baixo consumo energético, creio que o melhor é falar do princípio e não das aplicações mais modernas.
O princípio é simples e encotra-se em civilizações antigas como a Suméria. Trata-se de fazer evaporar a água que através desse processo permite baixar significativamente a temperatura ambiente. Todos nós já experimentamos aquela sensação de ar frio que emana de um poço. É precisamente esse processo. Trata-se de executar um furo na habitação que entre em contacto com uma superfície humida que permita depois através de um processo de ventilação natural entre uma chaminé  e um fur no exterior, permite o arrefecimento de todas as divisões abrangidas. Creio que a imagem em baixo, esclarece melhor o processo. Os arquitectos deveriam estar sensibilizados para estas técnicas pois não consomem nenhuma energia.
Deste modo se conhecer um arquitecto ou alguém que pretenda construir uma casa, por favor fale-lhe do arrefecimento evaporativo. É algo simples e que os meus colegas arquitectos na Utopia já aplicaram com resultados francamente positivos.

Edifício de arquitecto com arrefecimento evaporativo

30/05/2012

Eficiência energética e o arquitecto

A etiqueta da eficiência energética é um dos instrumentos fundamentais para o arquitecto ou consumidor na altura de escolher os equipamentos. Apresenta não só a energia consumida como em alguns casos a água e o ruído praticado pelo respectivo equipamento.

Fornos electricos, máquinas de lavar roupa e loiça, lâmpadas, ar condicionado,  e outros são exemplos de equipamentos que a apresentam obrigatoriamente desde 1992. Mais recentemente nova legislação resulta da Directiva 2010/30/CE e Directiva 2009/125/CE retirando aparelhos do mercado e introduzindo a obrigatoriedade noutros. Televisores e Frigoríficos foram aparelhos agora englobados nesta nova legislação.

A etiqueta está preparada para ser lida igualmente em todas as línguas da União Europeia. A diferença entre a eficiência de uma letra para outra pode rondar 30%.
A informação disponibilizada na etiqueta depende do electrodoméstico em causa. 
Compare os equipamentos e adicione um crescimento da factura energética de 3% ao ano nos próximos 10 anos e estime bem os seus custos.

Teremos assim uma mundo e arquitectura mais sustentável assim como uma carteira mais recheada!


Etiqueta da eficiência energética

29/02/2012

Reabilitação de edifício - arquitectos

Reabilitação de edifício - arquitectos - Reflexão sobre o tema

A reabilitação de edifícios tem nos últimos tempo sido alvo de intensos debates sobre se custa mais ou menos que produzir um edifício de raíz.
Creio que o debate entre os arquitectos se está um pouco a desviar daquilo que é fundamental: os custos para o planeta. Nesse aspecto creio que mais importante que a reabilitação dos edifícios do centro histórico deveremos colocar a questão da reabilitação da cidade enquantro centro.
Isto porque centralizar é reduzir os custos com transportes, os movimentos pendulares e libertar solo para actividades mais amigas da natureza.
Pouco existiu tão danoso para o ambiente como o desastre do subúrbio.
O solo é consumido sobre um manto de pseudo-relação com a natureza que apenas a esgota e a reduz a uma simples caricatura de relvado verde.
Acho que os arquitectos precisam de divulgar o fundamental : centralizar é preciso.
Senão, teremos o desastre de novo...


arquitecto e o repensar o centro das cidades...

28/12/2011

As áreas dos Arquitectos

A relação dos arquitectos com as áreas
Hoje apetece-me debater a questão da dimensão.
Isso-mesmo, o tamanho.
O tamanho da casa ou edifício é factor fundamental na sustentabilidade da construção e da vida do edifício.
Na realidade, menor dimensão sugnifica maior sustentabilidade e obtemos assim um projeto de arquitetura mais sustentável.
Lanço assim o repto: "menor é maior" ou a conhecida versão inglesa "small is beautifull".
Precisamos das dimesões que temos nas nossas casas?
Precisamos dos gastos de manutenção das mesmas?
Creio que é altura de começar a olhar para exemplos de lotes urbanos de reduzida dimensão aqui ficam alguns do Japão.
Parte deste interesse resulta também do estudo que estou a fazer com os meus colegas arquitectos para uma casa de dimensão reduzida no centro do Porto.


Arquitectos akitoshi Ukai





















Arquitectos Yasuhiro Yamashita










Arquitectos Tekuto

30/11/2011

A consciencia ambiental do arquitecto

A consciência ambiental dos arquitetos
Algo que tenho falado aqui, mas que nunca é demais lembrar, é precisamente o papel dos arquitectos no establecer de uma consciência ambiental para a nossa sociedade contemporânea. No meu gabinete de arquitectos os meus colegas chamaram-me à atenção para um problema que eu tenho debatido pouco. Na realidade é com orgulho que vejos os arquitectos do gabinete a preocuparem-se com questões desta natureza. Referiram-me a necessidade de adoptar uma estratégia global de substituição das motorizações eléctricas no seio da habitação por dispositivos mecânicos accionados manualmente.
Deste modo os arquitectos podem e devem pressionar os clientes na adopção de dispositivos que utilizem a força motriz humana sem prejuízo do conforto. Isso é uma questão de responsabilidade ambiental. Os arquitectos têm assim várias áreas de abordagem:
- a adopção de sistemas do tipo "manivela" com roldanas que desmultiplicam a força aplicada tornando o movimento acessível a todos
- a utilização de cordas ou fitas
- a utilização de molas hidráulicas que reduzem o peso de portas, portões, janelas de grandes dimensões, sejam elas de abrir, correr ou guilhotina, a poucas dezenas de gramas.
- o combate sem tréguas a todos os dispositivos que consomem energia desnecessariamente.

Naquilo que me diz respeito, que é o meu trabalho, procuro todos os dias sensibilizar os clientes, promotores e público em geral para aquele que deve ser o nosso papel. Visite este link e conheça um pouco do nosso trabalho na Utopia ao nível da responsabilidade social.

arquitectos - não aos motores

















arquitectos - sim às manivelas


















arquitectos - sim às fivelas


















arquitectos - sim às molas
















P.S.: E já agora, arquitectos e amigos, aproveitem este período de Natal e comprem apenas produtos para os miúdos sem essa praga das pilhas. Sete biliões de pessoas no planeta sairão beneficiadas, ainda que muitas não o saibam....

30/09/2011

Arquitecto - Lar de idosos e gastos de energia

Vejo que os arquitectos conhecem pouco sobre os elevadores na hora de projectar, os engenheiros também parecem preocupar-se ainda menos e os donos de obra só verdadeiramente se preocupam quando lhes chega a factura da electricidade e da manutenção!
Assim, o arquitecto tem responsabilidade social em preocupar-se com a questão, informar-se e informar a população.
De certa forma, hoje em dia é practicamente impossível desenhar um lar de idosos ou residência de idosos sem recorrer a um elevador. Ao mesmo tempo, edifícios antigos foram já concebidos com um elevador e hoje o seu redesenho seria demasiado caro. Todavia a opção por aparelhos de elevada eficiência tem de se tornar um hávito. Do mesmo modo temos de olhar para edifícios de habitação antigos, hospitais, clinicas, lares de idosos e residência de idosos e substituir os antigos equipamentos por outros de elevada eficiência energética.
Deste modo um elevador típico de tracção convencional consome aproximadamente 3000KWh por ano a transportar oito pessoas num bloco de apartamentos com 100000 arranques ano. Um elevador hidráulico consumiria 4200Kwh! Um elevador de ligação directa cosnome apenas 1800Kwh!
O elevador de ligação directa gera menores picos de carga requerendo fusíveis menores e menores despesas de ligação. Não possui casa de máquinas e resulta numa economia de espaço também superior. Ao mesmo tempo, o motor possui menor rotação ( 95rpm em vez de 1500rpm) e não são necessárias despesas em óleo de 2 litros/ano nos convencionais e 40 litros/ano nos hidráulicos.
Para o arquitecto o elevador é aquele equipamente que permitiu alcançar os céus, mas é também ele um equipamento que consome recursos do planeta e na ora de optar, optem por elevadores de tracção directa. Existem imensas marcas que não vou publicitar, mas na hora de escolher, por favor escolham a eficiência!

Exemplo de elevador sem casa das máquinas com tração directa e alta eficiência energética:
Elevador de carga aplicado em
lar de Idosos dos arquitectos Utopia













Elevador sem casa das máquinas,
tracção directa e baixo consumo.
















31/08/2011

Arquitectos e apelo à poupança de água


Filtro de torneiras de baixo caudal















Chuveiro de baixo caudal
Poupança de água
Já aqui temos falado aos arquitectos de vários modos de poupar o consumo de água durante a vida de um edifício. Contudo creio que não falei vezes suficientes sobre a importância de possuir torneiras de baixo caudal. stas torneiras misturam a água com ar através de um filtro permitindo uma poupança que ronda os 20% no consumo final. Desenganems-se aqueles que pensam que têm que mudar todas as torneiras. Na realidade, se possuirmos torneiras antigas podemos simplesmente colocar um filtro na saída e teremos um enorme benefício no consumo de água.
O papel dos arquitectos deve ser o de entusiamar não só os clientes mas a população em geral para este tipo de problemática, pois continuo a ver as mesmas torneiras de elevado caudal espalhadas por edifícios privados e públicos. Infelizmente, a água tem uma factura que é paga por todos e não apenas por aqueles que a consomem!

27/07/2011

Arquitecto e reabilitação de edifícios de arquitectura popular











Arquitecto e e reabilitação de edifícios de Arquitectura Popular

A Reabilitação de edifícios de arquitectura popular por parte dos arquitectos não se deverá limitar a aspectos materiais e estruturais. Deveremos também promover a recuperação de práticas sistémicas nas quais o edifício estava integrado.
Desde algum tempo que me interrogo sobre como deverão ser executadas as recuperações para que possam ter um carácter mais abrangente. Tomemos como exemplo as casas de arquitectura Popular do Minho, presentes nas fotografias em cima e tão bem descritas no Inquérito à Arquitectura Popular Portuguesa. Este é um exemplo que conheço bem até porque no nosso gabinete de arquitectos fizemos uma recuperação de uma casa antiga no Minho.
A arquitectura do Minho possui a característica singular de colocar o piso térreo com pilares para fazer o acesso dos animais ao espaço denominado de 'loja' (do latim logia). As zonas habitáveis possuem sempre uma escada mais ou menos nobre que nos leva para o piso superior.
Ora, o que é isto senão a prática de uma arquitectura com forte sustentabilidade energética?
Na realidade, os animais proporcionam o aquecimento que sobe por convecção para o piso superior através das estruturas de madeira constituindo um autêntico piso radiante!
Isto fez-me pensar nos desperdícios que efectuamos nas construções modernas ao não aproveitar o calor produzido pelas instalações mecânicas ou electrodomésticos para aquecimento das nossas habitações. Isto porque se o colocarmos numa espécie de piso técnico teremos sempre esta energia disponível. Quando não precisarmos podemos sempre ventilar esse mesmo espaço e dissipar a energia.
No fundo alerto para o facto de a arquitectura popular e os seus edifícios antigos proporcionarem uma enorme fonte de inspiração para a arquitectura sustentável e nós como arquitectos devemos recuperar estes princípios e adapatar os conceitos à sociedade que temos hoje!
No fundo, a arquitectura sustentável foi desde sempre, e salvo apenas recentes períodos de inconsciência,  uma necessidade e não uma opção!

26/05/2011

Arquitectos e o projecto de casa ecológica

Arquitecto com novo papel na sociedade
Já desde algum tempo que penso que o arquitecto tem de ter um papel mais interventivo na sociedade de hoje. Precisamos de actuar com novas ideias e estratégias que permitam um futuro economicamente e ecologicamente mais sustentável. Nesse sentido vou deixar aqui algumas ideias que penso poderem ser úteis para suportar um projecto de casas ecológicas mais global. Proponho o seguinte:

Base de dados de edifícios em ruínas com materiais prontos a reciclar
Se criarmos uma base de dados em que adicionamos o espólio constructivo e os edifícios em estado de degradação conseguimos gerir a reciclagem dos materiais de umas obras para as outras  e a reabilitação dos próprios edifícios em si, uma vez que existe informação clara para os investidores sobre as oportunidades de reabilitação. Com isto poupavam-se gastos em edifícios novos e retirava-se maior rentabilidade das infraestruturas urbanas já realizadas.

Arquitectos
Todos os arquitectos, engenheiros e outros que desejem participar ou ajudar neste iniciativa contactem os arquitectos da Utopia pois toda a ajuda é bem vinda. Precisamos de projectos de arquitectura mais ecológicos e sobretudo de reciclar e reabilitar mais. Juntos conseguiremos uma arquitectura menos mediática mas mais ecológica e sustentável

28/03/2011

Reabilitação de edifícios antigos



Arquitectos da Utopia no projecto de arquitectura de reabilitação de Edifício Antigo

A Reabilitação de edifícios antigos deverá ser encarada pelos arquitectos como algo que merece enorme cuidado e cuja investigação ainda abre imensas possibilidades de abordagem. Tenho referido aqui que é frequente encontrarmos más reabilitações em parte devido a alguma deficiente formação quer da parte dos arquitectos quer da parte dos engenheiros.

A reabilitação exige soluções caso a caso e não podem de forma alguma repetir os aspectos da construção tradicional.Por um lado, não podemos retirar das fachadas os azulejos ou cantarias tradicionais, mas por outro, também não podemos deixar de melhorar as características térmicas dos edifícios. É aí que têm que entrar as soluções não convencionais mas que com o tempo se tornarão habituais.

Perante este problema comum do isolamento térmico na reabilitação, no nosso gabinete de arquitectura e engenharia temos optado por colocar o isolamento térmico no interior através de uma caixa de ar com isolamento e uma parede de gesso cartonado hidrófugo. Isto resolve-nos as questões térmicas e eventuais ressoados na caixa de ar.

Todavia, e apesar destes bons exemplos, tenho assistido a reabilitações de edifícios que ou não colocam isolamento térmico ou simplesmente o colocam pelo exterior. O panorama tem de mudar e cada arquitecto e engenheiro é responsável por alertar a população para as vantagens económicas e ecológicas da reabilitação de edifícios antigos de acordo com as melhores prácticas.

30/12/2010

Arquitectura Reciclada

Existem arquitectos que lutam por uma arquitectura verde e que ainda são capazes de nos mobilizar!
A arquitectura também pode ser reciclada!
Senão vejamos estas imagens de uma conferência a que assisti recentemente.




Os arquitectos da Utopia mostraram o Anfitiatro de arles na Idade Média e na actualidade com o projecto de recuperação e sua reciclagem em praça de touros.




O arquitecto Ricardo cruz mostrou também a cidade de Split enquanto palácio que foi reciclado em cidade.
Creio que de vez em quando é também importante que os arquitectos olhem o passado e aprendam com ele no sentido de criar uma arquitectura e cidade mais sustentáveis.
No mês passado tive a oportunidade de assistir a uma conferência promovida pelo espaço de arquitectura na Exponor, na cidade do Porto, na qual a Utopia - Arquitectos participou através do arquitecto Ricardo Cruz. Para além do interesse geral que os outros debates tiveram, este despertou-me especial interesse pois o tema da conferência do arquitecto era precisamente a reciclagem urbana.
Do ponto de vista do arquitecto a reciclagem é um processo comum na História da arquitectura, e apenas temos de aprender com ela. Mostrou a cidade de Split, o anfiteatro de Arles e outros exelentes exemplos! A forma e o material reciclam-se e surgem novas funções: Um anfiteatro pode ser cidade, praça de touros, etc...Um palácio pode ser uma cidade. Uma basílica pode ser uma igreja.. Algumas imagens da conferência ou mesmo o conteúdo desta podem ser solicitados neste endereço : Arquitectos da Utopia. É bom verificar que os mesmos princípios que se aplicam a uma embalagem podem ser aplicados a um edifício e que existem arquitectos a publicar trabalhos sobre isso.

Um bom ano para todos e que 2011 nos traga ainda mais arquitectos e arquitecturas recicladas!

30/11/2010

Arquitecto e poluição luminosa


O arquitecto deve denunciar e combater a poluição luminosa através de projectos de arquitectura e urbanismo mais sustentáveis!
A poluição luminosa é o resultado do desperdício de luz nocturna.
À noite, nos espaços iluminados, as estrelas não são perceptíveis.
Isso resulta da iluminação artificial, utilizada frequentemente de forma incorrecta e que gera uma nova forma de poluição: a poluição luminosa.
Em fortemente iluminados o céu fica coberto por uma enorme bola luminosa, que nos impede de ver nitidamente as estrelas.
Alguns animais vêm mesmo alterado o seu hatitat como consequência deste processo.
Cabe a cada arquitecto defender uma iluminação mais racional e a redução deste processo nefasto.
Pois na realidade, por detrás desses holofotes desnecessários, existe todo um universo para descobrir...

11/07/2010

Arquitectos fazem mais do que projectos de arquitectura!

Creio que é importante falar do papel dos arquitectos no desenvolvimento de uma arquitectura sustentável não só ao nível da elaboração de projectos de arquitectura.
Por isso digo a qualquer arquitecto com quem tenho o prazer de trabalhar no nosso gabinete de arquitectos:
NÃO É SÓ COM PROJECTOS QUE OS ARQUITECTOS LUTAM PELA ARQUITECTURA SUSTENTÁVEL!
Senão vejamos:
O que custa aconselhar as protecções exteriores, os métodos de poupança de água e energia eléctrica em habitações já construídas?
O que não significa apelarmos a todos os nossos amigos e familiares sobre a facilidade de incorporar métodos de poupança ambiental nas suas casas e assim transformar cada casa numa casa mais ecológica?
Quantos de nós arquitectos não temos acesso a meios de comunicação social e podemos daí apelar a uma arquitectura sustentável?
O quanto não significa demonstrarmos com o nosso exemplo que evitamos o elevador, o carro, os produtos não recicláveis, o gasto excessivo de energia, de água, de recursos ambientais?
Com o exemplo conseguimos criar um exército de activistas que geram uma consciência global!
Deste modo, juntos, somos muitos!
E já agora boas férias a todos !

08/06/2010

Casa ecológica - os arquitectos e o pátio saguão


Pátio saguão do arquitecto Gaudi - Barcelona - Edifício La Pedrera
Desde algum tempo que assisto à degradação daquilo que considero ser um instrumento fundamental para a eficiência energética da casa ecológica: o pátio saguão.

O patio saguão é no fundo um pátio só que extremamente estreito e alto. Esta forma viajou no tempo e acompanhou as construçãoes dos países do sul da Europa desde que existem construções.
tem a particularidade de ser extremamente útil para os arquitectos e para o desenvolvimento de uma casa ecológica.
Uma vez que contem preticamente sodo o seu interior em sombra, o saguão permite funcionar não só como ventilação dos espaços de um edifício, mas como canal que abasteçe toda a construção com ar frio arrefecido pela sombra. Os arquitectos podem assim abandonar a climatização para arrefecimento e ter casas ecológicas com arrefecimento natural.
Mas porque desapareceu?
Na realidade desapareceu porque a partir do pós-guerra os arquitectos e os delegados de saúde pensavam que o problema da pobreza se resolvia com edifícios sem saguão e consideravam que estes espaços eram sujos porque os viam sempre nos edifícios pobres dos centros das cidades.
Infelizmente a pobreza não desapareceu e a verdade é que fizeram-se edifícios sem saguão porque os regulamentos deixaram de o permitir. O resultado é desastroso com o emprego absurdo de ares condicionados onde antes um saguão bastaria para arrefecer um edifício.
Hoje, nós arquitectos, para o utilizarmos temos que ter janelas para outras frentes, no entanto o custo de realizar pátios interiores em saguão é bastante mais baixo que o gasto em climatização.
Ao mesmo tempo, as caixas de escadas dos nossos prédios podem ter a mesma função desde que bem ventiladas na parte superior e forneçam o ar aos apartamentos em caudal suficiente.
Numa altura em que só ouço falar de tecnologia para resolver problemas ecológicos é bom lembrar que existem alternativas bem mais ecológicas ao consumo de equipamentos, mesmo que estes tenham gastos mais baixos que anteriormente.
Convém assim que os arquitectos e os cidadão em geral compreendam que o passado nos dá grandes lições de sustentabilidade.
Porque a arquitectura sustentável, no fundo, pode estar bem em frente do nosso nariz...

12/05/2010

O arquitecto e o ruído na casa

Temos falado de muitas questões relacionadas com o arquitecto e com a arquitectura sustentável.
Todavia, não temos abordado muito a questão da qualidade do ar interior, do isolamento acústico e da poluição sonora.
São inúmeros os casos de apartamentos com ruído vindo dos vizinhos ou das estradas circundantes às edificações.
Na realidade este deve ser encarado pelo arquitecto como um problema de sustentabilidade ecológica da sua própria arquitectura. O ser humano percisa de um ambiente no qual o ruído não deve ser prejudicial à sua actividade sob pena de desconforto, perturbações do sono e da concentração no trabalho ou mesmo lesões auditivas.
Temos primeiro de distinguir de uma forma sucinta dois tipos de ruído exterior:
- ruídos aéreos exteriores
- ruídos de percursão exteriores.
Os ruídos áereos podem ser combatidos através de caixilharia eficiente uma membrana na fachada, tecto e pavimento.
Os ruídos de percursão resultam das vibrações provocadas nos acabamentos ou estrutura. Ora teremos de os soltar e separar por uma caixa de ar de modo a que as vibrações não sejam transmitidas para o exterior.

Por vezes o arquitecto depara-se com a produção de ruído excessivo no próprio espaço interior ( cafés, escritórios, restaurantes, átrios, etc...) Nesse caso o arquitecto deverá optar por materiais de elevada absorção como a alcatifa, algumas madeiras e tectos falsos com absorção acústica.

No meu gabinete de arquitectura temos verificado que os clientes estão cada vez mais sensibilizados para esta questão e somos solicitados frequentemente para incorporar estas soluções no projecto de arquitectura. Esta não poderia deixar de ser uma notícia que mostra que a arquitectura sustentável está no bom caminho.

01/03/2010

A formação ecológica do Arquitecto




Hotel desenhado de modo sustentável para Moçambique em que o arquitecto faz parte de uma equipa pluridisclinar de engenharia em debate constante

Temos falado pouco sobre o arquitecto, o engenheiro e a formação de ambos no domínio da sustentabilidade.
Infelizmente a ecologia é abordada de modo muito rápido nos programas dos cursos de arquitectura.
O resultado é simples: quando um arquitecto recém-formado se depara com um projecto de arquitectura não tem os instrumentos necessários para io fazer convenientemente. E não o tem não por culpa própria, mas sim por culpa de quem tinha responsabilidade de o fazer.
Assim, o arquitecto terá ir solicitar apoio a outros profissionais. E então vira-se para o engenheiro civil na procura de apoio. O problema surge ainda mais grave quando se depara que o mesmo sucede com o engenheiro.
Mas perguntará o leitor: E os cursos de formação para o RCCTE e outros que tais?

Na realidade os cursos de térmica são mais um conjunto de formalidades que visam certificar energeticamente o edifício quer ele esteja construído, quer seja um projecto. E a eficiência energética, como se tem visto neste blog é apenas um dos muitos factores de sustentabilidade para o arquitecto ou engenheiro.

Mas então como inverter este estado de coisas? Como pode o arquitecto e o engenheiro aumentar as usas capacidades ou competências no âmbito da ecologia e da arquitectura bioclimática?

É simples: divulgação e debate. O arquitecto e o engenheiro devem sujeitar-se ao debete dos seus projectos, explicando o que os motivou e sujeitando-se à crítica. As equipas devem ser pluridisciplinares, pois não existe uma solução única. Na ciência como na arquitectura, nada é garantido. E o que hoje é bom amanhã pode simplesmente não chegar a válido. E isso só se consegue com interacção.
Na minha actividade é isso que procuramos fazer. Cada arquitecto trabalha em cooperação cada engenheiro confrontando perspectivas na busca da solução melhor para aquele dado momento.
No meu entender esta deve ser a atitude do arquitecto e do engenheiro perante a arquitectura a engenharia e a sua formação de projecto.

09/02/2010

O arquitecto, o Lar de idosos e o Infantário


Lar de idosos dos arquitectos da utopia

Infantário dos arquitectos da utopia

Creio que é importante começarmos a discutir, não só questões técnicas ligadas à arquitectura sustentável, mas também questões ao nivel de programa, isto é, ao destino ou função a que damos os edifícios.
Desde muito que tenho lutado por novos programas sociais que possam rentabilizar recursos humanos e criar uma sociedade mais coesa e amiga do ambiente. Nesse sentido vou falar-vos de algo pelo qual tenho lutado junto das entidades sociais e promotores: a criação de programas conjuntos de lar de idosose infantário. Os idosos requerem recursos humanos como animadores sociais ou psicólogos devido à sua baixa actividade social. Se encararmos os benefícios que recreios comuns entre crianças e idosos poderiam criar veremos que um programa deste tipo poderia sem dúvida rentabilizar recursos e gerar lares de idosos com uma população mais activa fisicamente e psicologicamente, ao mesmo tempo que potenciava o desenvolvimento das crianças sustentado pela memória do passado.
Tal obviamente não significaria qu partes do lar de idosos e do infantário não tivessem um funcionamento completamente autónomo.
Continuo a lutar por esta ideia pois acredito que é possível encontrar um pormotor disponível para fundir o infantário e o lar de idosos num edifício inovador e criativo.

04/01/2010

O arquitecto e o eco-hotel ou eco-turismo


Eco-hotel desenvolvido pelos arquitectos da Utopia

Tenho recebido alguns mails na utopia com dúvidas relativamente ao programa de um eco hotel e às necessidades que este deve acomodar.
Deste modo, aqui vão alguns esclarecimentos sobre como os arquitectos devem abordar a questão.
DEFINIÇÃO
Eco hotel é um termo usado para descrever um hotel ou alojamento desenhado por um arquitecto que fez importantes melhorias ambientais na sua construção e funcionamento de modo a minimizar o impacto no ambiente. A definição básica é assim a de um hotel que serve as boas práticas ecológicas. Tem obviamente que ser certificado por uma entidade independente de eco-turismo. No caso de Portugal, temos que nos reger pelo rótulo europeu.
Tradicionalmente estes hotéis são construídos segundo os métodos de construção tradicionais aplicados por mão-de-obra e matéria prima local mas com um projecto de arquitectura e especialidades desenvolvido por um arquitecto e engenheiro com fortes preocupações ambientais. No entanto, ultimamente o eco-turismo está a estender-se até às cidades com os hotéis a adoptarem melhores práticas ambientais, podendo um arquitecto desenhar estes hotéis mesmo em ambientes urbanos.
CRITÉRIOS PARA UM ECO HOTEL OU ECO TURISMO
No entanto um eco hotel de um arquitecto deve seguir os seguintes critérios:
-dependência em relação ao ambiente rural
-sustentabilidade ecológica
-comprovada contribuição para a conservação da natureza
-fornecer actividades que promovam a natureza
-apoiar actividades culturais amigas do ambiente
-retorno económico para comunidades apoiadas na natureza
CARACTERÍSTICAS DO ECO HOTEL
- não usar detergentes mas sim desengordurantes naturais de fabrico próprio
- têxteis de 100 %algodão
- não fumadores
-fontes de energia renováveis
-produtos em unidades comuns para redução do desperdício
-iluminação eficiente
-utilização de energias renováveis para auto suficiência
-veículos de transporte verde próprios
-ventilação natural
-eficiência energética a+
-reciclagem de águas dos banhos
-construção sustentável
-certificação da eco-label do projecto de arquitectura e do funcionamento do hotel cumprindo as indicações da Unesco para o eco turismo.

Espero que assim mais arquitectos e clientes particulares se interessem pela arquitectura do eco turismo em geral e dos eco hotéis em particular.

28/12/2009

O arquitecto e o conforto térmico


Casa ecológica dos arquitectos da Utopia em que foi incorporado o conceito de conforto térmico.
Muitos arquitectos são pouco receptivos à questão da arquitectura sustentável. Alguns arquitectos são ainda menos atentos ao que ao conforto térmico diz respeito. Convém desfazer mitos da arquitectura e falar de modo simples e claro sobre este conceito.
O conforto térmico pode ser definido como a sensação de bem-estar respeitante à temperatura. Essa sensação depende do equilíbrio entre o calor produzido de modo sustentável pela construção e aquele que é apresentado pelo nosso corpo. O do nosso corpo varia com a actividade corporal.
Isto significa que a temperatura não necessita de ser igual em todos os espaços, podendo existir ligeiras variações entre as zonas de menor actividade física e as zonas de maior intensidade onde a temperatura deverá ser ligeiramente mais baixa. Obviamente deve existir um cuidado adicional na produção de calor para zonas como as salas e quartos, podendo existir uma ligeira redução nos corredores e cozinha.
Este conceito não significa que existem zonas frias na casa. O que significa é que a produção de calor pode ser intensificada nas zonas de estar dada a temperatura corporal ser aqui baixa. Ao mesmo tempo poupa-se uma energia considerável e graças ao arquitecto dá-se mais um pequeno passo na longa caminhada por uma arquitectura sustentável.

27/11/2009

Arquitectos sustentáveis em projecto de execução.


Exemplo de aplicação do conceito de luz localizada por arquitectos

O projecto de execução é uma fase fundamental para realizar uma construção verde. Sem ele não existem técnicas de construção, materiais e, no fundo, uma arquitectura amiga do ambiente.
O material mais sustentável da caixilharia é a madeira branda para um edifício de curta duração. Todavia se a duração da casa for de mais de três décadas, a caixilharia metálica com corte térmico já se afigura como melhor opção para uma arquitectura bioclimática.
Na cobertura, soluções de ajardinamento permitem não só um maior equilíbrio térmico como uma maior duração dos materiais, uma vez que se encontram protegidos.
Ao detalhar as instalações mecânicas é fundamental especificar componentes com desempenho energético de classe superior.
As instalações sanitárias deverão ser escolhidas em função do seu baixo consumo de água. e se possível com circuito autónomo de águas recicladas.
Os sistemas de ventilação deverão possuir componentes para recuperação do calor perdido. Estes dispositivos permitem recuperar cerca de 70% da energia desperdiçada numa ventilação simples para o exterior.
Os interruptores passivos accionados por infra-vermelhos têm um custo cada vez mais reduzido e o seu investimento compensa sobretudo nas zonas de atravessamento da casa, hotel ou edifício de escritórios.
Os ambientes extremamente iluminados devem ser preteridos por uma luz localizada onde é verdadeiramente necessária. Os arquitectos são essenciais na aplicação deste conceito.
Os materiais de revestimento deverão ser escolhidos também com base em critérios de proximidade, uma vez que o seu custo ambiental é normalmente superior no que ao transporte diz respeito do que em produção.