Temos falado de muitas questões relacionadas com o arquitecto e com a arquitectura sustentável.
Todavia, não temos abordado muito a questão da qualidade do ar interior, do isolamento acústico e da poluição sonora.
São inúmeros os casos de apartamentos com ruído vindo dos vizinhos ou das estradas circundantes às edificações.
Na realidade este deve ser encarado pelo arquitecto como um problema de sustentabilidade ecológica da sua própria arquitectura. O ser humano percisa de um ambiente no qual o ruído não deve ser prejudicial à sua actividade sob pena de desconforto, perturbações do sono e da concentração no trabalho ou mesmo lesões auditivas.
Temos primeiro de distinguir de uma forma sucinta dois tipos de ruído exterior:
- ruídos aéreos exteriores
- ruídos de percursão exteriores.
Os ruídos áereos podem ser combatidos através de caixilharia eficiente uma membrana na fachada, tecto e pavimento.
Os ruídos de percursão resultam das vibrações provocadas nos acabamentos ou estrutura. Ora teremos de os soltar e separar por uma caixa de ar de modo a que as vibrações não sejam transmitidas para o exterior.
Por vezes o arquitecto depara-se com a produção de ruído excessivo no próprio espaço interior ( cafés, escritórios, restaurantes, átrios, etc...) Nesse caso o arquitecto deverá optar por materiais de elevada absorção como a alcatifa, algumas madeiras e tectos falsos com absorção acústica.
No meu gabinete de arquitectura temos verificado que os clientes estão cada vez mais sensibilizados para esta questão e somos solicitados frequentemente para incorporar estas soluções no projecto de arquitectura. Esta não poderia deixar de ser uma notícia que mostra que a arquitectura sustentável está no bom caminho.