O papel do arquitecto na arquitectura bioclimática ou arquitectura sustentável define-se a dois níveis:
1 - No desenvolvimento de projectos de arquitectura que permitem um alto grau de eficiência energética e uma construção mais amiga do ambiente
2 - No aconselhamento sobre a utilização dos espaços ou equipamentos propostos.
Para compreendermos estes dois conceitos melhor vejamos o exemplo desta
Cozinha de alta eficiência energética desenvolvida por um arquitecto da Utopia
Por um lado é função do arquitecto desenhar um projecto de arquitectura onde o frigorífico se afaste das zonas de maior produção de calor como são as máquinas de lavar loiça e roupa, forno ou micro-ondas. O frigorífico não gasta assim tanta energia. É também função do arquitecto aproximar o lava loiças da maquina de lavar-loiça e do depósito de lixos, permitindo que a água não esteja tanto tempo a correr quando se limpa a loiça e se a coloca na máquina de lavar. É também função do arquitecto colocar a iluminação de modo a permitir que esta não esteja atrás de quem utiliza a banca, pois dá sombra e obriga a maiores gastos para obtermos a mesma iluminação.
Por outro lado o papel do arquitecto com preocupações ambientais deve também centrar-se na informação sobre a utilização dos equipamentos. Deve sensibilizar o utilizador ou utilizadora sobre o quanto poupa se utilizar panelas de pressão ou desligar o forno ou a placa 10 minutos antes do final da cozedura pois aproveita a inércia térmica dos equipamentos e consegue poupar 1/4 da energia gasta. Ao mesmo tempo deve salientar a importância da utilização da máquina de lavar na poupança da água. Questões como a utilização do exaustor devem ser salientadas como momentos a evitar se poderem ser substituídas por uma simples abertura da janela.
Se todos adoptarmos esta atitude a arquitectura sustentável ou as casas bioclimáticas de enorme eficiência energética deixarão de ser um palavrão para passar a ser um comportamento comum de todos os dias.
Arquitetura Sustentável é um espaço de divulgação de arquitetura bioclimática, da construção com materiais reciclados, dos arquitectos ecológicos e da luta do arquiteto por um projecto de arquitectura amiga do ambiente.
21/03/2009
08/03/2009
RCCTE, a eficiência energética dos edifícios e da arquitectura
A obrigatoriedade da certificação energética dos edifícios passará a ser norma para efectuar qualquer compra ou venda a partir de 2010.
Tal significa uma maior consciencialização por parte do vendedor e do comprador das verdadeiras condições que o edifício, casa ou apartamento apresenta. Deste modo, este é um importante passo para que se possam tomar as medidas necessárias no sentido de adaptar os edifícios ou casas a um futuro mais sustentável.
Segundo a Utopia, as auditorias a casas e edifícios públicos são um importante contributo para o desenvolvimento de eficientes projectos de arquitectura e recuperação de edifícios.
Existem várias instituições e particulares a solicitarem peritos ou peritagens à Utopia de modo a procederem a melhorias no desempenho energético.
A arquitectura sustentável está assim mais protegida e esperemos que as entidades fiscalizadoras cumpram o seu papel.
Etiquetas:
Eficiência Energética,
RCCTE
Local:
Portugal
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