18/09/2010

Arquitecto sustentável e o Mundo Digital


Infelizmente por cada click que fazemos, neste ou em qualquer outro site, há, para além do gasto de energia do nosso computador, um datacenter algures a processar a nossa informação e a consequentemente consumir energia.

Como podemos então defender a arquitectura sustentável no mundo digital?

Recentemente reparei que existia algum desconhecimento relativamente ao impacto do mundo digital no ambiente mesmo no seio de arquitectos.
Primeiro convém salientar vários aspectos:
  1. O arquitecto que usa o computador poupa papel e ao poupar papel pupa a floresta e o ambiente.
  2. Os arquitectos ou os gabinetes de arquitectura que usam indiscriminadamente o computador e os recursos a eles associados não podem de maneira nenhuma defender um mundo sustentável.
O primeiro aspecto parece claro. Poupar papel ou poupar a impressão é altamente vantajoso para o ambiente. Mas quanto ao segundo acho que devemos perder mais tempo e analisar as consequências negativas:
  • Renovar o hardware dos ateliers com fontes de alimentação mais potentes é gastar mais energia e consequentemente mau. Renovar o hardware com fontes mais eficientes, talvez possa ser uma escolha bastante melhor.
  • Renovar o hardware por razões de software é péssimo. Os computadores com 7 ou 8 anos conseguem executar perfeitamente as tarefas de hoje nos gabinetes de arquitectura desde que devidamente configurados. (Vejam o meu post sobre linux) O hardware é altamente poluente durante a produção, evitar o seu consumo é proteger o ambiente.
  • Utlizar software que evite o uso de servidor é sem dúvida melhor para o ambiente. Neste acto podemos incluir o uso de sites estáticos, ao invés de sites dinâmicos, e executar os progragas no disco local ao invés de sobrecarregar o servidor. O gasto de energia e o volume de CO2 libertado é consequentemente menor
Bom, se tiverem questões podem escrever-me as vossas súvidas para o gabinete de arquitectos onde trabalho habitualmente, pois terei o maior prazer em as esclarecer.
Até lá continuem a defender o ambiente e uma nova arquitectura sustentável!