24/12/2015

Jardins Verticais Interiores

Tenho sido várias vezes abordada sobre os jardins verticais interiores e creio que existe algum desconhecimento sobre o funcionamento do sistema, das suas vantagens e dos seus inconvenientes.

jardim vertical interior no escritório
Jardim vertical interior - Hidroponia

Jardim vertical - Substrato


Que tipos de sistemas jardins verticais interiores existem?
Os jardins podem funcionar num sistema de hidroponia, isto é, fornecendo constantemente os nutrientes às plantas através de um sistema de rega e sem necessidade de qualquer substrato natural.
Mas também podem funcionar com plantas estabilizadas ou naturais num ambiente de terra ou substrato sem necessidade de manutenção permanente e dos custos energéticos da hidroponia. Aqui as plantas vivem num ambiente igual ao natural com um sistema de rega amigo do ambiente.
Em ambos os sistemas temos uma estrutura normalmente de aço galvanizado que pode ser revestido como se de um móvel se tratasse. Sobre essa estrutura temos o substrato ou os nutrientes em módulos normalmente constituídos por um polímero com diferentes características (vulgarmente conhecidos por plásticos).

O que devemos evitar?
Os Fertilizantes obrigam a crescimentos descontrolados das plantas gerando enorme manutenção.
Muitas espécies em sistemas de hidroponia requerem maior complexidade e consequentemente tecnologia para verificação do ph e dos nutrientes necessários à fisiologia da planta.

Porquê plantas estabilizadas?
Devemos utilizar plantas estabilizadas porque cresceram no meio ambiente natural e estão adaptadas a velocidades de crescimento normais e ao ambiente circundante.

Quais os inconvenientes dos jardins verticais interiores?
É ainda o aspecto económico que se revela o maior inconveniente. Adquirir os módulos com rega é sempre uma despesa considerável para além do sistema de rega e as plantas.

Quais as vantagens das plantas no interior?
Consomem o CO2 durante o dia, purificam o ar, aumentam a humidade interior, algo que se bem utilizado permite regular este valor sem aparelhos. Ao mesmo tempo permitem-nos um ambiente natural no interior dos espaços com qualidades arquitectónicas ímpares.


22/09/2015

Desenhar Ciclovias para a cidade

As minhas obrigações profissionais não me têm permitido acompanhar o blogue com o carinho que desejava. Contudo encontrei um espaço de tempo para escrever um pouco sobre um tema que considero fundamental: a necessidade de desenhar ciclovias nas nossas cidades.
Aumentaram os ciclistas
Vivo no Porto e vejo com enorme alegria que todos os dias aumentam os utilizadores de bicicletas. Isso é maravilhoso pois só assim se justificarão as ciclovias.
Código da estrada revisto
Por outro lado, o código de estrada foi revisto recentemente e introduziu alguma protecção aos ciclistas, nomeadamente no que diz respeito às ultrapassagens. Durante uma ultrapassagem o ciclista tem agora direito a um espaço de segurança de praticamente meia faixa de rodagem.
Mas temo que isto nos faça esmorecer a esperança de ciclovias pois parece que tudo ficou resolvido.
O problema continua
Na realidade continuamos com a carência de ciclovias pois os ciclistas nos passeios podem de facto atropelar pessoas de mobilidade reduzida e os estacionamentos em segunda fila continuam a ser uma praga e uma fonte de perigosos acidentes.
Um apelo
Pois deixo aqui um apelo a todos. Continuem a exigir ciclovias. A maior parte das ruas estão com as faixas mal dimensionadas, o que significa que estamos a discutir um investimento de uma simples pintura para desenhar uma ciclovia nos arruamentos das nossas cidades.
Em baixo podem ver um projeto dos arquitectos da Utopia apresentado à Câmara Municipal do Porto sem custos para esta e que infelizmente ficou adiado. No fundo os arquitectos desenharam ciclovias para o Porto apenas com pinturas nas ruas. Assim, o meu objectivo manter-se-á de pé:
- Mais ciclovias para todos!

Arquitectos da Utopia desenham ciclovias

As futuras ciclovias do Porto apenas com pinturas